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quarta-feira, 19 de março de 2025

Assassin's Creed Shadows: Explorando a Toca do Negão



Estamos numa era certamente fascinante, não concordam? O governo ou lobby de "figuras-chave" no cenário mundial vêm com ideias que certamente fizeram você olhar pro horizonte e pensar "É sério, meteu essa?", bem, pelo menos foi o que pensei.

Nem sempre são as ideias mais brilhantes, afinal, o repertório humano nasceu de tentativa e erro, mas é inegável o empenho que há por trás das próprias.

Mas como isso se encaixa com o assunto principal do artigo? Simples, o Assassin's Creed Shadows é um dos MUITOS Psyops que entraram em circulação na história da política e do entretenimento, com o clássico objetivo de promover diversidade blá blá blá, presumo que você esteja calvo de ler e ouvir isso várias vezes.

Se o Psyop é "bom" ou "ruim", recomendo que leia tudo para corroborar uma resposta que talvez você já tenha em mãos, ou mudá-la dependendo do quanto você sabe, vem comigo se aventurar na buraco do negão (LÁ ELE).

É provável que isso tudo seja apenas minha imaginação, mas esse blog é feito para mostrar o que se passa nela, então já digo de antemão que não vou me desculpar por nada que possa ser potencialmente ofensivo, portanto engole o choro e vaza, VOCÊ FOI AVISADO.


ENTRADA DA TOCA:



Vamos começar o artigo dando um brevíssimo resumo de quem é Yasuke.

Com poucos registros datados entre os anos de 1581 e 1582, Yasuke era um escravo trazido por monges cristãos até o Japão durante a era de Oda Nobunaga, há pouquíssimas fontes falando sobre ele, e claro, estou deixando de fora as fanfics Wikipedianas.

Ele se destacou por sua aparência obviamente diferenciada em relação ao resto da população, se perguntando até se a cor de pele dele era natural e não pintura corporal, um homem negro certamente chamará atenção no período Sengoku e até mesmo hoje.

Yasuke foi mandado de volta para os portugueses que o trouxeram para o Japão depois dos inimigos de Oda Nobunaga matarem ele e não há mais registros históricos dele depois disso, incluindo registros de que ele foi um Samurai, sequer pode ser considerada como uma especulação válida de qual foi o seu papel durante o período em que ficou no Japão.

Tudo que você ler sobre Yasuke além disso pode ser considerada invenção, ponto.


EXPLORANDO A TOCA:



Não é de hoje que Yasuke tem ganhando notoriedade nas animações, você com certeza já ouviu falar de Afro Samurai ou até mesmo assistido. Eu não assisti, pois Samurais não são muito minha praia (ninguém é perfeito, tá?), mas certamente samurais e sua estética são apreciáveis se você tiver o nível mínimo de bom gosto e cultura.

De forma sutil o destaque do Yasuke na indústria do entretenimento está ganhando força, e antes de explodir algumas coisas estranhas foram acontecendo em torno dele nos últimos anos, a mais evidente e mais danosa delas foi o revisionismo histórico por trás dele, protagonizado por um homem chamado Thomas Lockley (guarde esse nome para mais tarde), e a mudança repentina na história do jogo para incluir Yasuke como protagonista.

Pense na polêmica toda de Yasuke como um tubo de dinamite, o revisionismo histórico de Thomas é a matéria-prima da dinamite, as mídias populares sobre ele são a carcaça, e o fogo é nada mais que a junção de todos os conflitos e controvérsias que envolvem afrodescendentes especialmente nos Estados Unidos (Tio Sam está com um grandão enfiado), isso inclui principalmente Black Lives Matter e George Floyd.

Vamos ser francos, EUA nunca foi um lugar onde pessoas de diferentes raças e etnias eram amistosos entre si, isso vem desde antes da fundação da nação, conflito racial sempre foi uma realidade presente entre o povo americano, e nos últimos anos isso tem piorado, como o caso do George Floyd conforme mencionado anteriormente.


Eu assumo que você sabe sobre o caso George Floyd, caso não, saia imediatamente do buraco que  está vivendo e pesquise AGORA quem ele foi.


Pode parecer contraditório considerando o meu aviso anterior, mas a pessoa que George Floyd foi não é importante, ele foi apenas o cara "certo" na hora "certa", o importante mesmo é o que sua figura representa, Floyd é um símbolo da violência sofrida contra a população negra, PRINCIPALMENTE protagonizada por policiais.

Seu caso viralizou em escala mundial, fomentando debates acerca de racismo e violência policial, também causou protestos ao redor do mundo, virou questão de ENEM, e foi comentado durante dias, semanas, meses. Até hoje somos lembrados do ocorrido, e já se passaram quase 5 anos desde então.
A mudança de roteiro e personagens no jogo teve influência do caso George Floyd, os envolvidos no projeto queriam fazer referência ao ocorrido, e encontraram ela mudando como a empresa tinha lidado com episódios históricos ao redor do mundo.

Veja bem, Assassin's Creed é uma franquia inspirada na história real, e se vende como historicamente precisa, é notável o esforço em deixar a ambientação dos jogos a mais fiel possível em relação ao lugares e os períodos descritos, é só lembrar que eles tem historiadores formados auxiliando em seus jogos, sua precisão na época era tão alta que dava até para atribuir valor educacional à franquia, tanto que existe um projeto da Ubisoft chamado Discovery Tour, usado especificadamente para fins educacionais.

A forma na qual a Ubisoft tem lidado com os cenários históricos até então foi criar personagens e histórias que acontecem de forma paralela aos eventos históricos principais, mas que não interferem de forma direta nos mesmos, é como se estivéssemos vendo diversos spin-offs de Star Wars ou alguma outra franquia de renome.

Nós temos o luxo de encontrar e interagir com as figuras históricas de determinados períodos históricos, mas os eventos desses períodos permanecem "intocados", esse é o formato que a Ubisoft tem seguido desde o primeiro Assassin's Creed, entretanto, o novo jogo da franquia rompeu com esse formato.

Primeiro, estamos controlando uma figura histórica desse período, segundo, há interferência direta nos eventos históricos que essa figura supostamente participou. Isso nunca aconteceu na franquia, todos que estranharam estão com toda a razão, os fãs da franquia (incluindo os japoneses) têm todo o direito de ficarem irritados.

Vocês já devem saber disso, mas esse blog não é um lugar imparcial, não esperem isso de mim, dito isso, eu acho uma completa merda o que estão fazendo com Assassin's Creed e outras franquias de renome, são tantos absurdos que cheguei ao ponto de pensar que a popularização dos games foi um ERRO, pois agora temos que "tankar" inúmeras barbaridades em nome da diversidade e etc.

Focando no que é importante, não é de hoje que os fãs querem um jogo da franquia ambientado no Japão, é um desejo antigo até mesmo dos próprios japoneses em serem representados em uma franquia de renome, e de início pareceu que Deus ouviu finalmente as preces de seus súditos ao aparecer a notícia de que um Assassin's Creed ambientado no Japão estava em desenvolvimento.

Vários até suspeitavam que o jogo não iria ser uma obra de arte e abaixaram suas expectativas visto que os outros lançamentos não foram tão bons assim e estavam se preparando para o pior, mas quantos estavam preparados para ver um homem negro arrebentando tudo e todos no Japão Feudal (KKKKKKKKK)?


É só coincidência goyim, confia goyim


A franquia cobre diferentes histórias de diferentes lugares do mundo, temos uma infinidade de lugares com pessoas negras, mas a Ubisoft escolheu justamente o único homem negro que só ficou no máximo APENAS 2 ANOS no Japão como protagonista, num período onde pessoas de diferentes etnias eram "coisa de outro planeta" na perspectiva deles, "PORRA IRMÃO".

Os Japoneses certamente não gostaram da ideia, e não se deixem levar por aqueles que dizem que só uma fração minúscula se importa e que não gostou, ou dizem que só tem perfis falsos fingindo serem japoneses indignados com o jogo, pois temos até música japonesa fazendo referência à cagada da Ubisoft.

Quando o trailer lançou no fatídico dia de 15/05/2024 (no mês de aniversário da morte do George Floyd aliás), ele foi bombardeado com chuvas de dislikes tanto na versão ocidental quanto na oriental, se o Yasuke tivesse de fato envolvido de forma ativa na história do Japão, certamente o acervo dele seria extenso e não haveria guerra de informações sobre ele na Wikipedia e nas Redes Sociais conforme mostrarei a seguir.


ENCONTRAMOS RATAZANAS NA TOCA:



Vamos recapitular brevemente alguns meses antes do lançamento do trailer, a comunidade negra começou a fazer um movimento nas Redes Sociais de promover a história de Yasuke como samurai com imagens geradas por IA (o que é irônico), e usando os livros de Thomas Lockley como base para embasar a "história" dele como Samurai.


WE WUULZ SAMURAI N SHEEIT

Após o polêmico lançamento do trailer, Wikipedia virou uma zona de guerra, onde revisionistas de fundo de garagem estavam ativamente alterando a página do Yasuke (no caso, o Thomas :D) para tornar a história dele como Samurai a mais autêntica possível, de forma para abafar toda a controvérsia e corroborar essa versão da história dele que é FICTÍCIA.

Jornalistas (QUE NOJO!!!) voltados para o público GAYmer lançaram artigos defendendo o jogo e chamando o público de alguma coisa "ista", e traçaram paralelos com o Gamergate (basicamente o 11 de Setembro deles), que foi um movimento também rotulado de várias coisas "ista".




Não é de hoje que Jornalistas se esforçam para serem desdenhados, mas agora eles tem uma competição forte chamada "Revisionistas". Agora vou contar para vocês um pouco de Thomas Lockley e clarear o motivo pelo qual ele é o centro de toda essa bagunça.


QUEM É O LERDÃO LOCKLEY?



Thomas Lockley é um professor britânico de Inglês que durante os anos 2000, foi integrado num programa chamado Japan Exchange and Teaching (JET) Programme, que consiste em intercambiar o Japão com diferentes culturas ao redor do mundo, ele começou ensinando inglês para crianças, posteriormente se tornando um professor associado no Colégio de Lei da Universidade do Japão.

Conforme dito anteriormente, Thomas é a fonte primária de todas as fanfics do Yasuke Samurai, e sua aventura em torno da fanfic começou em 2012 quando ele começou a editar a página da Wikipédia sobre o Yasuke, sob o pseudônimo "Tottoritom", repare que Tottori foi a cidade na qual Lockley foi mandado quando participou do programa de intercâmbio comentado acima, e "Tom" é um diminutivo para nomes como Thompson e THOMAS (Parabéns LERDÃO, se entregou).

Você pode acessar o histórico dele aqui. E pra mais detalhes, clique aqui.




Em 2016 ele publicou sua tese intitulada de Yasuke: O Retentor Africano de Oda Nobunaga, durante esses anos, Lockley foi preparando terreno para a sua versão do Yasuke até chegarmos em 2019, que em conjunto com outro "historiador" chamado Geoffrey Girard, lançou dois livros intitulados de Samurai Africano: A Verdadeira História de Yasuke, um Lendário Guerreiro Negro no Japão Feudal, e YASUKE: A Verdadeira História do Lendário Samurai Africano.

Esses dois livros são as principais fontes de tudo que a mídia popular conhece atualmente sobre Yasuke, a vinda de Assassin's Creed Shadows influenciou a busca pelas coisas que estavam acontecendo de baixo dos panos, toda a informação aqui é de domínio público, diversas pessoas de várias nações cavaram fundo nessa mina, encontraram toda a sujeira dentro dela e passaram adiante tudo que extraíram, eu estou apenas repassando a informação assim como muitos já fizeram anteriormente, eles merecem todos os créditos.

Agora, qual seria a motivação de Thomas para fazer tudo isso? A principal seria para diluir um suposto sentimento de culpa que ele tem (pois ele é um homem branco, privilegiado "nhé nhé nhé"), pois os seus ancestrais discriminavam e escravizavam pessoas negras ou algo do tipo, enfim, o clássico "Desculpa por ser Branco".

Eu não consigo comprar isso, é mais provável que ele tenha visto no Yasuke uma oportunidade de ter ganhos estáveis nos seus livros usando o escudo da "História" para dar mais prestígio, e o que não falta no mundo são pessoas com necessidade de serem representadas e exaltadas, eu particularmente não acho isso errado, mas poderia ter sido feito de forma muito melhor, e acho que essa é uma das minhas opiniões mais leves desse artigo.

Conforme mostrado acima, os Jornazistas se prontificaram em apontar o dedo para as pessoas alegando "racismo" e "ódio" por parte das mesmas, assim como pessoas de "nariz empinado" querendo passar a impressão de que sabem mais sobre a história do Japão do que os próprios japoneses, usando os livros de Lockley como base, pois ele é a única fonte primária da versão falsa do Yasuke.

Felizmente, o Japão não é um país bagunçado como as nações ocidentais, por causa da polêmica do jogo, Thomas Lockley foi expulso da Universidade Do Japão e deletado do programa de intercâmbio, Lockley em meio da bagunça apagou todas suas Redes Sociais, o que sinceramente foi pouco, pois na versão ocidental do livro, ele chegou a dizer que havia escravos negros no Japão nesse período (o que é uma mentira absurda e intolerável), "AGORA O LERDÃO VAI VENDER PASTEL NO MEIO DA RUA" é o que eu gostaria de dizer, mas certamente ele ganhou alguns trocados por causa disso.


FINALMENTE ACHAMOS PÉROLAS



Agora eu quero dar foco ao jogo em si, desde coisas que chamaram atenção de muitos, até coisas que passaram batidas pela maioria, mas que merecem um espacinho especial por aqui, vem comigo.

Assassin's Creed Shadows, do jeito que está hoje, não passa de um jogo preguiçoso e desrespeitoso, e isso dá espaço pra aparição de pérolas. Uma das primeiras que me chamou a atenção foi pesquisar os colaboradores do jogo, queria ter uma panorama dos envolvidos no projeto, por quê? Pra descobrir algum podre e traçar Padrões, como por exemplo, Sachi Schmidt-Hori, ativista LGBT, e consultora do jogo, que tal dar uma olhada sobre um dos projetos dela?  💀💀💀


O resto do registro acadêmico dela você encontra aqui.

Eu sei, vocês sabem, nada precisa ser dito pois já tivemos esse tipo de discussão inúmeras vezes, vamos para as próximas. Eu acredito piamente que a Ubisoft e os defensores do jogo são um bando de covardes, pois se vendem como franquia "historicamente acurada" e quando é questionada diz que é "obra de ficção", a versão formal do meme "Estão rindo de mim, vou falar que é bait", acontece que apelar para ficção e precisão histórica não estão funcionando, e a própria Ubisoft não se ajuda, a seguir temos uma arte conceitual demonstrando a negligência da empresa em relação ao jogo.


É só com o Japão que a Ubisoft trata tudo como um Copiar/Colar?


Pois é, né? A Ubisoft se empolgou com a ideia de Copiar/Colar que cometeu erros ainda mais grosseiros, o mais proeminente deles foi pegar uma bandeira pertencente a um grupo de tiro japonês chamado Sekigahara Teppo-tai sem autorização. Coisas assim você esperaria de uma loja qualquer do Brasil e festas de aniversário, mas não de uma empresa bilionária, dito isso, a Ubisoft teve que vir ao público para se desculpar e removeram a bandeira.


O japão nesse período tinha tecnologia pra fazer isso pra começo de conversa?

Outra inconsistência cometida pela Ubisoft foi inserir melancias (fruta cultivada no VERÃO) no mesmo período ondes as árvores de flor de cerejeira desabrocham (na PRIMAVERA), normalmente não damos importância para isso, mas se você se vende como um produto embasado na história, então tem que ser consistente como tal.


Temos uma outra cereja do bolo dessa imagem, mas eu não vou elaborar.


Para fechar com chave de ouro, temos um set de Katanas utilizadas em uma exposição Japonesa na França que parecem ser as mesmas utilizador por Zoro (de One Piece, eu não assisti e nem li o mangá, ok?), DE NOVO, A UBISOFT SE VENDE COMO HISTORICAMENTE EMBASADA, não há desculpa para tamanho desleixo.

Clique aqui para acessar a postagem original.


Eu fiquei sabendo hoje (20/03/2025) que uma das opções românticas do Yasuke no jogo é literalmente a irmã do Oda Nobunaga KKKKKKKKKKKKKKKK, fora o fato de ser torado por uma trans no JAPÃO FEUDAL como opção, mas juram de pés juntos que sua franquia é embasada em HISTÓRIA REAL, eles estão querendo mesmo serem comprados pela Tencent, olha o esforço em desrespeitar a cultura japonesa. Mas a farra vai acabar, pois certamente o governo nipônico vai tomar ações contra ela agora que o jogo saiu (4 horas antes do planejado).


SAINDO DA TOCA



Há outros erros divertidos da Ubisoft pra falar, como por exemplo o uso de "Boba Tea" (um chá taiwanês comercializado nos anos 80) na edição de colecionador do jogo, tal como algumas polêmicas a cerca do revisionismo histórico também, mas acho que o grosso de tudo já está catalogado aqui, não há necessidade pra ir além disso.

Anexarei algumas referências que utilizei pra formular esse artigo, se tiver alguma dúvida sinta-se livre para comentar e acessar as referências, qual a sua resposta para a pergunta que fiz no começo do artigo? Comente também.

Estou deixando claro que não tenho pretensão alguma de jogar o jogo, nem vou piratear (minha 4070 Ti merece coisa melhor), portanto, não haverá análise técnica do jogo, deixo isso para os que vão jogar.

Agradeço de coração caso tenha se dado o trabalho de chegar até aqui, até mesmo de ter aberto o link para o artigo, não sei qual vai ser o tema do próximo ou quando vou escrever, você e eu estaremos grisalhos quando vier o próximo texto (provavelmente).

Beijos daquela que está na porta do seu coração, querendo um duelo de espadas entre as quatro paredes. ( ͡° ͜ʖ ͡°).

Se cuide. 😘



Waluigi Time, gostaram?


REFERÊNCIAS:


Assassin's Creed Shadows: Explorando a Toca do Negão

Estamos numa era certamente fascinante, não concordam? O governo ou lobby de "figuras-chave" no cenário mundial vêm com ideias que...